29.6.06

Acaba-se o ar e vejo, apenas

E vejo negro.. vejo formas .letras .números quânticos e equações .Tudo esta difusamente organizado .As influências inofensivas magoam e fazem pensar. Porque sou assim? As capacidades dormentes esperneiam, pois querem trabalhar. Contudo um toque frio manda-as sossegar .E dói ."Não serves para nada". E é num misto de inteligência e criatividade que se perdem os sentidos. De repente estou sozinha. E de repente estou perdida. E o gosto pela vida de uma flor ma faz pensar nas suas entranhas e componentes .Embora o gosto pela sua beleza me remeta para os variados tons de verde em cada singular folha do seu todo. O que serei eu?...Entranha ou folha?.. Deixo de respirar como se o pulmão esquerdo fizesse vácuo. Suga do direito o ar e inibe-o de circular .Mantém-no preso como um balão nos minúsculos alvéolos vitais .Então incha-se-me o coração como um balão, comprimido pela força das artérias á sua volta. Quer trabalhar e não consegue. Bloqueia-se. Quer parar .Mas o inconsciente sofre e grita e quer ."Morre coração, morre!" . Porém a força física é maior e resiste ao colapso da mente como uma grande muralha que mantém fora o inimigo.

E então se vejo...não oiço...nem sinto...nem cheiro. Então pergunto...sou folha ou entranha?...